O caos provocado por militantes antipetistas na Praça dos Três Poderes, no último domingo, ainda nem havia sido devidamente contido e a busca por culpados já havia começado.
Entre os responsáveis, obviamente, estão os vândalos, que precisam ser devidamente identificados e punidos.
Mas, com aquela precipitação típica que investiga, acusa e condena de forma quase simultânea, dedos também foram apontados para os demais acampados em outras cidades brasileiras, caluniosamente chamados de “terroristas”; para o ex-presidente Jair Bolsonaro e políticos aliados, tratados como instigadores da violência; para formadores de opinião contrários ao petismo; e para os responsáveis pela segurança pública do Distrito Federal, acusados de omissão e que já estão sendo punidos.
O ex-secretário Anderson Torres tem ordem de prisão decretada e o governador Ibaneis Rocha foi afastado pelo STF, ao arrepio do que diz a Lei Orgânica do DF.
Mas há um esquecimento bastante conveniente, e que diz respeito à possível omissão das autoridades federais.
Ainda antes do 8 de janeiro, o ministro da Justiça, Flávio Dino, havia assinado a Portaria 272/2023, autorizando a Força Nacional a garantir a segurança na Praça dos Três Poderes, inclusive anunciando no Twitter, no sábado, dia 7, que “além de todas as forças federais disponíveis em Brasilia, e da atuação constitucional do governo do Distrito Federal, teremos nos próximos dias o auxílio da Força Nacional”.
Nos dias seguintes ao caos, reportagens de vários veículos de imprensa começaram a mostrar que o governo federal tinha plena consciência da ameaça de quebra-quebra.
Com informações da Gazeta do Povo