Para a maior parte dos brasileiros decentes, as Forças Armadas perderam uma grande oportunidade de colocar a casa em ordem, inpedindo que uma quadrilha organizada assumisse o controle do país.
Se fizeram isso por omissão, fraqueza ou conivência, já não importa mais. O fato é que o momento certo de agir ficou para trás, e a cada dia que passa, qualquer possível ação para barrar o avanço das forças criminosas sobre as ferramentas de controle do Brasil, será ainda mais traumática.
Vale aqui ressaltar, o posicionamento favorável ao povo, do alto comando da Marinha, através do seu ex-comandante, o Almirante Garnier, que, como forma de protesto, se recusou a comparecer à posse daquele que foi colocado no cargo de Presidente da República pelo TSE.
Há informações, inclusíve, de que a maioria dos ofciais que não fazem parte do alto comando, compartilham da indignação popular, mas estão impedidos de tomar qualquer atitude por questões hierárquicas.
Os militares também estão divididos sobre como construir um movimento de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ativa e na reserva, há quem apoie e ainda esteja disposto a fazer campanha para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar ao poder.
Outros defendem e já atuam para viabilizar uma candidatura que represente a direita conservadora e liberal independente de Bolsonaro.
Há até militares que criticam e tem subido o tom em relação ao Alto Comando das Forças Armadas, seus respectivos comandantes e se dizem desestimulados em relação ao cenário político. Outros pregam o respeito ao resultado eleitoral.
Apesar das críticas a Lula e aos escândalos associados a ele, existe por parte desse grupo de militares que observa o cenário atual o reconhecimento ao cargo ocupado pelo petista.
Parte desses militares ainda não atua ativamente pela construção de uma oposição, mas acenam com a hipótese de se engajar em um debate político.
Por essa razão, a parcela dos militares que ensaia um movimento opositor desatrelado a Bolsonaro se sente otimista. O grupo que atua para construir uma oposição sem o ex-presidente conta com o engajamento de alguns nomes que, em 2022, apoiaram a pré-candidatura do senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR). No ano passado, esses militares eram minoria.