A classe artística brasileira foi quase unãnime em atacar a política austera do governo passado, que destinou recursos da cultura preferencialmente para pequenos produtores.
Vivendo uma verdadeira crise de abstinência de dinheiro, artístas famosos, que nem precisariam de recursos púbicos para apoiar suas carreiras, estavam nas primeiras filas da turminha do "Faz o L", sempre muito agressivos e desrespeitosos quando o assunto era o ex-presidente.
Agora, o motivo para tanta raiva e insatisfação talvez esteja esclarecido. Projetos de captação de benefícios que tinham sido rejeitados pela gestão passada, por serem abusivos e irregulares, foram aprovados em uma canetada só e anunciados em uma entrevista coletiva por uma Ministra da Cultura gaguejante e visivelmente constrangida, revelando toda a sua incapacidade para ocupar o cargo. Dizer que foi patético é até generosidade.
Nesse evento inacreditável, que contou com a cobertura da velha e fiel imprensa mercenária, o Ministério da Cultura anunciou que vai liberar R$ 1 bilhão dos recursos da Lei de Incentivo à Cultura, mais conhecida como Lei Rouanet, até o dia 30 de janeiro.
O valor que será destinado para 1946 projetos estava bloqueado desde o início de 2022 pela antiga Secretaria Especial de Cultura.
A ministra Margareth Menezes informou que “a pasta conseguiu identificar 1800 projetos captados e liberados, mas que estavam bloqueados na gestão passada”.
“Também conseguimos a prorrogação para mais cinco mil projetos para a captação. Isso é investimento na cultura, isso é a cultura trabalhando, isso é bom para o Brasil” disse a ministra.
Em nota, o Ministério alegou que “a gestão anterior recebia o dinheiro investido pelo patrocinador nas contas especiais abertas para execução dos projetos, mas não era liberado para o agente cultural. Ou seja, havia um bloqueio proposital e o projeto planejado era inviabilizado”.
O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro reduziu os recursos da lei Rouanet e burocratizou a transferência de valores e investimentos em projetos culturais. A medida que desagradou boa parte da classe artística foi para conter os gastos e evitar golpes.
Com informações da Gazeta do Povo