O governo federal e o PT já deram sinais de que podem não dar continuidade ao Programa de Escolas Cívico-Militares (Pecim), apesar dos bons resultados apresentados pela equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O projeto, implementado em 2019, permite que militares reformados das Forças Armadas, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros sejam alocados em escolas, onde atuam na promoção da disciplina e do civismo, além de outras atividades extraclasse. A gestão escolar e o ensino das disciplinas continuam nas mãos dos civis.
O foco são escolas com baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que avalia a qualidade da educação no Brasil, em capitais de estado ou regiões metropolitanas.
A adesão é voluntária. Ou seja: a escola precisa demonstrar interesse em participar do programa. De acordo com a gestão anterior, a equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro, essas escolas reduziram a violência, as faltas e tiveram resultados significativos de aprendizagem.
Segundo o balanço divulgado no fim de 2022, o programa trouxe resultados expressivos, incluindo uma redução de 82% na violência física e de 75% na violência verbal. A evasão e o abandono escolar caíram cerca de 80%.
O programa foi criado por decreto em 2019. A medida continua em vigor. Mas há sinais de que a iniciativa não consta dos planos do novo governo. O telefone de contato para interessados no programa já não funciona.
Além disso, um dos primeiros atos da nova gestão do MEC foi extinguir a diretoria que cuidava do Pecim. O programa continua funcionando, até porque a interrupção da iniciativa não seria algo simples, mas restam dúvidas quanto à disposição do governo em renovar as atuais parcerias.
Com informações da Gazeta do Povo