Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
PUBLICIDADE
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/e0b7a2219c85819b11f0f3aecd7c2547.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/42610458bf7e91ed3a7e9c3f54b50b32.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/e83591e691eb0b9734ef857bc42d941e.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/c8b8ee966cc27f3832faba07b443d2fc.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/56b1a78f770e79d04de8df971a4a6301.png
Analfabetismo no Brasil - Números maquiados
Educação
Publicado em 06/07/2024

Há algumas semanas, o governo Lula comemorou dados da pesquisa Alfabetiza Brasil, segundo a qual o Brasil teria retomado, em 2023, o nível pré-pandemia na alfabetização de crianças até o segundo ano do ensino fundamental.

As informações fornecidas pelo governo até o momento, contudo, são baseadas em uma metodologia pouco transparente, que sugere a utilização de métricas incompatíveis para comparação com anos anteriores.

No dia 31 de maio, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) convocaram uma coletiva de imprensa para anunciar que 56% das crianças haviam atingido, em 2023, o nível adequado de alfabetização.

Em 2019, o número era de 55%, de acordo com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb); em 2021, em meio à pandemia, esse número havia caído para 36%.

O aumento de 20 pontos percentuais registrado em 2023 é, no entanto, baseado em uma metodologia nova, instituída pelo governo em 2023, que tem suscitado dúvidas em especialistas da área de educação.

A falta de transparência do MEC e do Inep na explicação de como os resultados da nova metodologia empregada foram compatibilizados com os da antiga é a maior preocupação.

Guilherme Lichand, professor de Educação da Universidade Stanford, na Califórnia, vê com perplexidade a forma como os resultados foram divulgados.

Segundo ele, as informações fornecidas pelo governo estão longe de ser suficientes para dar credibilidade aos resultados, porque não dão detalhes sobre a agregação de itens comuns nas provas, as diferenças entre as questões aplicadas e os níveis de dificuldade considerados.

Fonte: Gazeta do Povo

Comentários