"Vejo a censura imposta como uma consequência direta da disseminação de ideias antiestablishment. É o sistema se protegendo de forma agressiva,para não peder os espaços conquistados" - declarou o vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, em uma entrevista recente à Revista Oeste
Estamos assistindo à unificação de uma agenda global em pautas identitárias, dentre outras, que são hegemônicas na mídia tradicional e nas mensagens políticas, principalmente de partidos de esquerda e socialdemocratas.
Por razões diferentes, liberais e conservadores contrapõem essa agenda, e obviamente só podem fazê-lo nas redes sociais. Falta ainda uma liderança, que concentre o foco da direita em objetivos práticos; com isso a luta por espaço fica desigual.
Temos ainda uma esquerda que vem se organizando e se aparelhando a anos, contra uma direita dispersa, atirando para todos os lados, sem saber direito o que quer atingir.
A estatização, através da curadoria do que pode ou não ser dito nas redes, é a mais grave ameaça à liberdade de expressão, e talvez o último bastião de resistência à uniformização do discurso político.
Se o Estado domina totalmente a comunicação, logo teremos a imposição do dicurso único e a consequente criminalização do contraditório, que já está acontecendo.
O curioso é que, à medida que avança essa tentativa de controle, se vão radicalizando as respostas, numa dinâmica que vai gerando a tal da polarização. Ameaçado pela realidade dos fatos naturais da vida, que não se curvam a ideologias impostas por fanáticos delirantes, a esquerda dobra a aposta nos mecanismos de censura e perseguição política, para não ser derrotada.
Quanto mais se radicalizam as reações, maiores são os controles e a censura, e vai-se produzindo um ciclo.
Com informações da Revista Oeste