Por Thiago Cortês
O filme “A Baleia” é um drama que retrata a obesidade de forma crua e valoriza o livre arbítrio.
Dirigido por Darren Aronofsky, o filme é acusado de gordofobia por uma parcela significativa da imprensa internacional e pela “militância Woke”.
Woke (“Desperto”) é uma subcultura da esquerda identitária que se apega aos rótulos para sacralizar alguns grupos e demonizar os outros.
Uma das principais características da militância Woke é a enorme sensibilidade: a ideia de que não podemos dizer nada que possa ofender ou fragilizar alguém.
“A Baleia” é um filme que não se encaixa nesta visão de mundo. Apresenta um personagem, Charlie (magistralmente interpretado por Brendan Fraser), que é complexo.
Um obeso mórbido que tenta se reaproximar da filha ao intuir que a doença o levará à morte.
Charlie é um egoísta e, ao mesmo tempo, tem um coração generoso e caridoso.
Ele não é uma vítima. Também não é um herói. É um personagem profundo, tão realista quanto o filme, que mostra a obesidade de forma crua e realista.
Grupos de ativistas "acusaram" o filme de lembrar que obesidade pode levar à uma vida repulsiva.
O diretor Darren Aronofsky rebateu as críticas sobre gordofobia e defendeu o filme.
Disse que seus filmes trazem histórias de adultos para públicos adultos. Basicamente, mandou a turma Woke crescer.
Brendan Fraser, ao receber um dos mais importantes prêmios da indústria, fez um chamado para que pessoas na condição do seu personagem “lutem e busquem forças” para mudar.
“A Baleia” estreia dia 26 de fevereiro no Brasil.