Por Karina Michelin
Há uma fraqueza intrínseca nas novas gerações que é sem precedentes, uma geração extremamente frágil e vulnerável, incapaz de enfrentar o sofrimento, a dor, o cansaço, os desafios da vida e sobretudo a derrota. Eles preferem eliminar esses fatores que são partes relevantes da existência humana.
Toda a cultura do Ocidente que se origina nas batalhas aprendidas nas acadêmias platônicas e das feridas da cruz - é baseada em treinamento.
Não estou falando sobre competições pelo poder ou enriquecimento desenfreado, tampouco sobre suprimir o oponente, mas sobre o auto aperfeiçoamento mesmo através do sacrifício.
Desde o início dos tempos, a aspiração da humanidade é eliminar esta labuta e escapar das garras da morte - mas, o fato é que essa tentativa está fadada ao fracasso.
Não é de se estranhar que os jovens criados nesse caldo tenham assumido o lamento e a covardia como forma expressiva. Nem percebem que , na verdade, estão jogando o jogo do sistema que tanto os angustia.
Eles são capazes de “lutar” pelo meio ambiente, não para mudar o mundo, mas sim para preservar o presente, porque eles temem que o futuro não seja tão reconfortante quanto o conforto em que cresceram.
Afinal: “Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes”.