O espírito de vingança de alguns políticos por causa da rejeição que estão recebendo por parte da maioria da população parece não ter limites.

Isso sem falar na defesa escancarada que dedicam aos seus interesses pessoais, em detrimento dos interesses do povo.

Pagos com o dinheiro público para trabalharem em benefício da população, eles acabam se rebelando e criando um esquema particular de troca de benefícios entre os pares, sem que ninguém consiga impedi-los.

Jogam, sem nenhum pudor, o tradicional e nocivo jogo do “toma lá, dá cá”.

Depois de ser eleito para o segundo mandato à frente da presidência do Senado, Rodrigo Pacheco está utilizando todo o poder do cargo para barrar a influência dos opositores.

Ele está manobrando abertamente para que os membros dos partidos que fazem oposição ao governo não ocupem cargos na mesa diretora,

Essa tentativa de exclusão da representatividade da oposição, que seria essencial para manter o equilíbrio das decisões tomadas pela casa legislativa, contraria o princípio da proporcionalidade, que orienta que a representação partidária na mesa deve ser proporcional ao número de senadores que cada partido tem.

Pacheco também está manobrando para ter o poder absoluto em todas as comissões da casa através dos seus indicados.

Só para se ter uma ideia, a mais importante comissão de todas, a CCJ - Comissão de Constituição e Justiça - foi entregue a Davi Alcolumbre, cujo irmão já foi preso por tráfico internacional de drogas e que foi um dos cabeças da famigerada CPI da Pandemia, que fez acusações injustas ao ex-presidente e não investigou o escândalo dos respiradores no Nordeste.

É a CCJ, por exemplo, que decide sobre a cassação de mandatos de senadores e que aprova a escolha de novos ministros para o STF.

Já imaginaram o tamanho do perigo que representa ferramentas de poder tão importantes na mão dessa gente?

Não há mais a menor dúvida, portanto, de que enquanto Pacheco ocupar  presidẽncia do senado, o sistema terá todas as peças jogando a seu favor.