Os avanços sobre a privacidade dos indivíduos e sobre a liberdade de expressão continuam em pleno vapor.

Aproveitando-se da posssibilidade de acessso a informações  privadas através dos meios tecnológicos da comunicação, aquela parte aparelhada do sistema, que se dedica a investigar e tentar controlar a sociedade para ampliar poder, cria mecanismos de controle cada ve mais invasivos.

Esta semana, STF decidiu, por unanimidade, que as big techs, empresas que administram as redes sociais, poderão ser cobradas diretamente para fornecer dados sigilosos de usuários envolvidos em algum processo.

Isso vale para as empresas que têm sede fora do país, desde que tenham representação no Brasil, como Meta e Google.

Vale lembrar que já existe um estranhíssimo acordo de ccoperação entre o judiciário brasileiro e as big techs, em que essas empresas se comprometem extraoficialmente a colaborar no combate às "fake news"; com critérios de avaliação de conteúdo que não estam previstos nem autorizados em nenhum código da lei brasileira, mas somente na cabeça dos magistrados e dos administradores dessas redes de comunicação.

A aproximação cada vez maior entre as instituições do judiciário e as empresas privadas que controlam a maior parte da comunicação no mundo, gerando uma relação no mínimo promíscua, torna cada vez mais vulnerável a posição dos usuários, que acabam não tendo a quem recorrer para se defender de invasões indevidas à sua privacidade.

Não podemos esquecer de que, por trás das togas dos juízes e no comando dessas empresas de tecnologia, mais do que simples instiuições, estão pessoas com planos e ambições pessoais que nem sempre estão afinadas com o interesse coletivo.

O cenário que vivemos hoje com o controle da informação por parte dos detentores do poder, está cada vez mais próximo da ficção criada por George Orwell, no livro 1984, em que o Grande Irmão vigiava a tudo e a todos, para punir os transgressores daquilo que ele chamava de ordem. 

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