Ainda está sendo apurado o caso dos trabalhadores que estariam sendo explorados indevidamente no interior do Rio Grande do Sul.
Os indícios de que o tratamento recebido pelos trabalhadores era desumano são muito fortes.
A denúncia envolve a Fênix, uma empresa terceirizada, contratada pelas vinícolas Salton, Garibaldi e Aurora, para fornecer mão de obra na colheita das uvas.
O caso foi parar no Ministério do Trabalho.
Denúncias de funcionários que trabalhavam nas fazendas, a maioria nordestinos que vieram pro sul em busca de oportunidades, revelam que os alojamentos eram precários, a alimentação era de péssima qualidade, a jornada de trabalho era de 15 horas por dia, e que houve até casos de agressão física, com aplicação de choque elétrico e outros expedientes desumanos.
As três vinícolas que utilizavam os serviços da Fênix publicaram notas de esclarecimento se eximindo da responsabilidade pelo ocorrido, alegando que utilizavam apenas pontualmente os serviços da terceirizada, e que não tinham conhecimento dos maus tratos sofridos pelos trabalhadores.
A Salton, por exemplo, declarou que só utilizou 7 funcionários terceirizados por turno, e somente em serviços de carga e descarga.
A Salton compra uvas de outros produtores e tem uma produção própria muito reduzida, operada pelos próprios funcionários da vinícola.
A primeira vista, tudo indica que houve desatenção grave das vinícolas em relação aos procedimentos da Fênix para com os trabalhadores, já que, como contratantes, assumiram parte da responsabilidade por não se preocuparem em verificar os procedimentos antes de realizar a contratação.
Porém, não há qualquer prova de que as vinícolas tenham participação direta no ocorrido e, muito menos, de que concordem com os métodos aplicados pela Fênix.
É bom ficarmos atentos aos movimentos da imprensa, que está se precipitando em acusar as vinícolas diretamente pelo ocorrido.
Aqui vários fatores devem ser considerados:
- Os donos dessas vinícolas são representantess da força do agro no Rio Grande do Sul, e se posicionam politicamente contra o atual governo de esquerda do Brasil.
- As principais concorrentes das vinícolas brasileiras são do Chile e da Argentina, países alinhados politicamente com o atual governo socialista brasileiro.
- Antes mesmo da apuração completa dos fatos e da identificação dos verdadeiros responsáveis, a ApexBrasil, órgão ligado ao governo, já proibiu as três vinícolas acusadas de participarem de feiras internacionais.
Teve até uma matéria em um desses sites que bajulam o governo, citando que Michelle Bolsonaro prestou serviços à Vinícola Aurora no ano de 2004, tentando de uma maneira forçada e absurda, associar o nome da ex-primera dama a um episódio que aconteceu quase 20 anos depois.
Naquela época, Michelle trabalhou aprnas como representante comercial da Aurora em Brasília, a milhares de quilômetros de distância.