Pelo menos nas competições oficiais internacionais de atletismo, acabou aquela história de um marmanjo que se sente mulher competir com as meninas e levar para casa todos os recordes e troféus da modalidade.
Essa prática desleal, que felizmente está sendo abolida, já gerou situações extremamente injustas, como a de uma competição ciclística feminina realizada recentemente na Europa, em que os três lugares do pódio foram ocupados por homens que não se identificavam como tal, deixando as garotas totalmente fora da premiação.
Teve também o caso da natação universitária dos Estados Unidos, em que um ex-nadador da modalidade masculina, que conseguia resultados medíocres competindo com outros homens, resolveu "ser" mulher e ganhou todas as provas que disputou com as meninas com mais de meia piscina de vantagem.
Nem é preciso ir muito longe. No Brasil, recentemente, uma atleta trans foi "eleita" a melhor "jogadora" de vôlei da temporada.
A Federação Internacional de Atletismo vetou, nesta 5ª feira, a participação de atletas transgêneros de competição de elite que fizeram a transição de homem para mulher depois de passar pela puberdade.
A decisão entra em vigor no dia 31 de março.
“O Conselho Mundial de Atletismo tomou hoje uma ação decisiva para proteger a categoria feminina em nosso esporte e o faz restringindo a participação de atletas trans”, afirmou a Federação....
Em comunicado, o principal órgão esportivo do atletismo mundial, afirmou que o novo regulamento exigirá que qualquer atleta relevante reduza seus níveis de testosterona abaixo do limite de 2,5 nmol/L por um período mínimo de 24 meses para competir internacionalmente na categoria feminina em qualquer evento.
O presidente da Federação de Atletismo, Sebastian Coe, disse que “as decisões são sempre difíceis quando envolvem necessidades e direitos conflitantes entre diferentes grupos, mas continuamos a ter a visão de que devemos manter a justiça para as atletas femininas acima de todas as outras considerações”.
E acrescentou: “Seremos guiados pela ciência em torno do desempenho físico e da vantagem masculina que inevitavelmente se desenvolverá nos próximos anos”....
A decisão também afetará mulheres cisgêneros, como a bi-campeã olímpica Caster Semenya, que produzem níveis de testosterona acima do normal.
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