Por Robson do Val
Discreto nos atos e nas palavras, como todo bom mineiro, Walter Braga Netto tem uma imensa lista de serviços prestados à nação brasileira, em uma carreira militar de mais de quatro décadas.
Nascido em Belo Horizonte, no dia 1 de março de 1957, Braga Netto já demonstrava vocação e talento especiais para a ordem e para a disciplina desde os tempos da academia do exército, quando sempre esteve entre os primeiros colocados da turma.
Testado nas maiores dificuldades a que um ser humano pode ser submetido, nunca fracassou em suas missões, muito pelo contrário.
Foi assim quando atuou para conter a violência no distante Timor Leste, e foi assim também quando atuou protegendo o imenso território da Amazônia brasileira, comandando tropas que, além de garantirem a segurança territorial, ajudaram a salvar milhares de vidas, em locais que se caracterizam por meios escassos de sobrevivência.
E o que dizer da sua atuação nos morros cariocas, quando recebeu a dificílima missão de combater o narcotráfico?
Ali estava um homem diante de um imenso desafio: retirar o poder de narcotraficantes que mantinham a população de bem como refém, sem causar danos colaterais.
Qualquer alma, por mais bem talhada que fosse, tremeria diante de um desafio tão grande. Braga Netto cumpriu a missão e devolveu o território ao povo trabalhador e ao poder público. Quando o crime organizado recuperou o espaço, ele já não estava mais lá para impedir.
Depois de comandar muitos quarteis, e já na reserva, foi chamado, mais uma vez, para servir ao país, desta vez integrando a equipe de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante o governo passado chegou a ser titular em duas pastas ministeriais. No final da gestão, foi indicado para a vaga de vice-presidente da República, na chapa composta por Bolsonaro para tentar a reeleição.
Mesmo ocupando os mais altos postos na hierarquia do governo e carregando os méritos de uma carreira militar marcada pela eficiência e pelo brilhantismo, Braga Netto não perdeu o seu jeito discreto e cordial de agir. Era comum, por exemplo, encontrá-lo almoçando nos restaurantes populares da capital federal, enquanto seus pares optavam pelos cardápios mais sofisticados.
Durante quase meio século de serviços preciosos prestados ao país, não houve uma mancha sequer no currículo desse brasileiro exemplar. Comportamento esse que, segundo as pessoas mais próximas, também se estende à vida social e familiar.
São incontáveis as condecorações que já foram concedidas a esse cidadão honrado, que conquistou o respeito incondicional da imensa maiora dos seus pares e principalmente dos seus comandados.
Querer manchar a reputação de um homem dessa envergadura, acusando-o de planejar ações covardes e maléficas ao país, é revelar, antes de tudo, um completo desconhecimento da natureza humana, além de uma enorme dose de mau caratismo militante.
A pura e simples lógica aristotélica, que pautou a razão da nossa sociedade ocidental durante mais de dois mil anos, nos basta para perceber a incoerência de querer imputar a um homem dessa envergadura, os atos que lhe atribuem nessas denúncias caluniosas e irresponsáveis.
Não seria lógico que alguém que sacrificou os melhores dias de sua vida salvando e protegendo vidas em lugares inóspitos do planeta, de repente, da noite para o dia, se transformase em um conspirador incompetente de quinta categoria.
Só se pode imaginar um soldado como esse pensando em tirar vidas, se essas vidas fossem reconhecidamente nocivas ao bem comum, e representassem uma grave ameaça à segurança das famílias brasileiras. Mas isso seria uma guerra, e é para isso que os soldados existem.
Precisamos urgentemente recompor o tecido de valores da nossa nação. Parte importantíssima dessa missão, é recolocar os modelos de conduta certos, nos lugares certos. Em qualquer sociedade que pretende ser mental e espiritualmente saudável, Walter Braga Netto é um grande exemplo a ser seguido.
Tudo mais são atentados de guerrilheiros da politicagem e de terroristas da informação, que tentam criar na cabeça do povo brasileiro um imaginário que distorce e quer transformar em defeitos e delitos, aquilo que produzimos de melhor no seio da nossa sociedade.
Precisamos, neste momento delicadíssmo que o nosso Brasil atravessa, criar um exército cada vez maior de cidadãos conscientes, depertos e dispostos a defender o que ainda resta da nossa dignidade perseguida e maltratada.
Comandante Braga! É importante que você saiba que não está sozinho nessa missão. Somos milhões de soldados do bem, espalhados por todas as partes desse imenso país continental.
Ainda está bem nítido na memória daquela mãe da Amazônia profunda, que o filho dela doente foi salvo pelos médicos da sua tropa.
As crianças do morro do alemão durante a ocupação que o senhor comandou, que hoje são jovens pais de família, ainda lembram que, por alguns meses, puderam brincar nas ruas sem medo de receber uma bala perdida, e sabem que isso pode voltar a ser possível um dia, basta que tenhámos as pessoas certas, nos lugares certos.
Vocé tem também o imenso respeito de todos nós que percebemos tudo isso e que não somos ingratos. Como dizia Lúcio Aneu Sêneca na assinatura das suas cartas: "Mantenha-se forte! Mantenha-se bem!"
Ainda há muito a ser conquistado.
Selva!