O ministro da Justiça, Flávio Dino, compareceu nesta terça-feira (28) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados, para explicar as ações que foram adotadas pelo governo durante os atos de 8 de janeiro, que culminaram com a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.
Ele veio, entre outras coisas, para esclarecer sobre a inação do sistema de segurança do governo federal em relação ao ocorrido, mesmo tendo recebido diversos alertas antecipados sobre os protestos.
Flávio Dino também está devendo explicações sobre as mudanças na política de controle de armas do governo federal, decretadas no primeiro dia do governo Lula e sobre a estranha visita que fez ao complexo da Maré, no último dia 13.
A sessão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara acabou se transformando em um bate boca de baixíssimo nível entre governistas e oposição.
O presidente da comissão, o deputado do PT, ex-presidente do partido, Rui Facão, conduziu os trabalhos de forma ostensivamente tendenciosa, prejudicando os pronuciamentos dos parlamentares de oposição e favorecendo escancaradamente os seus aliados.
Já o ministro Flácio Dino, demonstrando pouquíssima civilidade, optou por responder com deboche e ironia aos questionamentos dos deputados da oposição.
Quando a pergunta não lhe favorecia, ele simplesmente ignorava, como fez com a indagação do deputado Nikolas Ferreira, que perguntou a quem ele pediu autorização para entrar na favela da Maré, no Rio de Janeiro.
A sessão atingiu o nível de comportamento mais baixo, quando o presidente da comissão, o deputado petista Rui Falcão, que deveria zelar pela ordem na condução dos trabalhos, se dirigiu ao deputado Nikolas chamando-o, ofensivamente, de "Chupetinha".
Rui Falcão tentou negar o que disse imediatamente, mas já era tarde; as câmaras registraram tudo. Teve até fake news do UOL tentando desmentir o que todo mundo viu, mas já era tarde demais. A emenda saiu pior do que o soneto.