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Fernão Lara Mesquita - Reserva moral da imprensa
Geral
Publicado em 31/03/2023

O jornalista Fernão Lara Mesquita faz parte de uma das famílias mais tradicionais do jornalismo brasileiro. Ainda no século XIX, o jovem jornalista Júlio Mesquita, já era o principal redator do jornal O Estado de São Paulo, conhecido popularmente no Brasil como Estadão. Em 1902, o jornal passou a ser propriedade exclusiva da família Mesquita.

A adesão do jornal da família ao chamado consórcio de notícias, que nos últimos quatro anos se dedicou a distorcer a realidade dos fatos no país, com objetivo de promover interesses polítcos tocados por indivíduos de moral duvidosa, não conta com a cumplicidade de Fernão, que, desde 2020, deixou o cargo de diretor do jornal.

Num depoimento recente para a Jovem Pan, onde foi comentarista, ele declarou que já estava praticamente afastado das atividades jornalísticas, mas que resolveu voltar à ativa, para ajudar a salvar o jornalismo brasileiro da morte definitiva, afogado em um mar de mentiras e manipulações.

Essa postura aberta contra a censura e outros abusos, já lhe rendeu algumas perseguições por parte do sistema aparelhado. O site pessoal dele chegou a ser retirado do ar. Mas Fernão não parece nem um pouco intimidado.

Esta semana, ele voltou a disparar a sua metralhadora cheia de sinceridade contra os desvios e abusos da imprensa nacional,  em uma entrevista para a Revista Oeste. Veja alguns trechos das declarações que ele deu:

"Antes de mais nada, é importante falar sobre a democracia, o sistema que imita a vida. Ela é a reforma permanente. Tentamos ir por um caminho, ao constatarmos que não é o correto, desviamos e corrigimos o rumo até acertar. É o sistema que recusa o direito adquirido e o compromisso com o erro."

"A imprensa democrática é a parteira de todas essas reformas e elo entre o país real e o oficial. A nossa mídia, contudo, transformou-se em uma espécie de ‘Exu’, o orixá que se diverte falsificando mensagens e espalhando a confusão. A imprensa atual faz as pessoas ouvirem o contrário do que foi dito e distorce, na ida e na volta, a conexão entre o país real e o oficial."

Leia o artigo completo na Revista Oeste

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