Por Arthur Morisson
Imagine que você tem algo de extremo valor aí na sua casa.
Que você lapidou pelos anos, ou que exigiu bastante esforço pessoal.
Algo que é fruto de desejo de milhões de pessoas.
É o seu bem mais precioso.
Você pode estar pensando em várias coisas neste momento.
Será uma jóia caríssima? Que tal uma bela bolsa de grife? Talvez uma obra de arte?
É natural que, quanto mais valioso seja este bem, mais preocupação você terá em protegê-lo.
Imagine transportar uma fortuna bancária de um lugar a outro. É muito provável que, sendo seu dinheiro, você se certificaria de garantir a segurança durante todo o translado do material.
Contrataria seguranças armados, carros blindados, escolta policial e tudo o que tivesse ao seu alcance.
A escolta policial de um carro-forte fecha avenidas públicas para o transporte de dinheiro em grandes centros. Certamente você já presenciou esta cena alguma vez na vida.
Nada disso lhe soa mal aos ouvidos, afinal, é algo de extremo valor sendo assegurado da maneira correta. Quem não faria isso com o seu bem mais precioso?
Até porque, em caráter menor, você coloca seguro no seu carro novo, ou investe em segurança patrimonial para a sua residência, certo?
Pois é… mas você já descobriu que este texto não é sobre carros, casas, terrenos ou jóias.
Não é sobre como bilionários protegem suas obras de arte de mãos perigosas.
É sobre vidas. Em especial, a vida do seu filho ou filha.
Por que ainda é tão surreal falarmos em proteção armada em creches e escolas brasileiras?
Por que alguém é taxado de louco por querer que crianças tenham o mesmo tratamento e cuidado que dão aos transportes de dinheiro feitos pelos bancos?
Por que ainda há uma mentalidade que acha absolutamente normal todos os protocolos de segurança para transporte de itens valiosos e considera um absurdo sem tamanho investirmos em protocolos de segurança real, em especial à crianças e adolescentes?
É realmente necessário um psicopata adentrar uma creche e MUT1L4R QUATRO CRIANÇAS COM UM MACHADO para pensarmos nisso?
Pergunto novamente, qual é o teu bem mais precioso?
Você já sabe a resposta.
Me ajude a compartilhar este texto.
Vamos fazer barulho. Isso não pode ficar assim.