Por Henrique Bredda
Se transporte no tempo, para 2 mil anos atrás. Jerusalém.
Se coloque por um instante, ao lado de Maria, ao pé da Santa Cruz, se ajoelhe e olhe para cima.
Olhe para as feridas no corpo de Jesus, seu corpo desfalecido na Cruz. Olhe para os pregos nas mãos e nos pés. Olhe para a respiração trabalhosa, para os seus últimos suspiros.
Enquanto você, de joelhos, o observa, Ele, com muito esforço, levanta um pouco a cabeça e também te olha diretamente nos olhos. Você se deixa tomar pelo maior Amor do mundo e compreende por que Ele se sacrificou por você.
Enquanto você olha para o alto, vendo um inocente açoitado e condenado à morte pelas pessoas do mundo, pelo seu próprio povo, pelas autoridades, você compreende que a salvação não está no mundo, mas está ali, bem na sua frente, no alto da Santa Cruz.
Ele está disposto a ir às últimas consequências por você. Ele dá até a sua última gota de sangue por você.
Nós não temos capacidade para lidar com a culpa pelos nossos pecados. Nós sucumbimos, inventamos desculpas, compensações artificiais.
Nós só empurraremos os pecados e as culpas para debaixo do tapete se recusarmos de transferir os nossos pecados para o único homem capaz de carregá-los: Jesus Cristo.
Quando uma pessoa se arrepende e confessa os seus pecados, ela sai mais leve da confissão. Mas o peso não se extingue, não desaparece. Ele foi transferido para o homem que já carregou uma pesada Cruz por você, 2 mil anos atrás.
É por isso que Ele veio. Uma vítima inocente não morre por acaso. No caso, foi por você mesmo que Ele foi inocentemente sacrificado. "Eis que eu renovo todas as coisas." – Apocalipse, 21, 5.
Fora do tempo, na eternidade, Ele ainda está ali na Cruz, à sua espera, aguardando o seu arrependimento, a entrega dos seus pecados, pronto para te perdoar.
Não te custa nada fazer essa 'aposta', e o retorno é infinito. Grandes homens na história fizeram essa entrega, e até hoje estamos colhemos os benefícios.
Se tivéssemos o real entendimento desse acontecimento, e do benefício para nós mesmos, no qual o próprio Deus encarnado dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para nós, não aguentaríamos de tanto amor.