Prof. Rodrigo Oliveira
Como qualquer doente em fase terminal, as falas se tornam sem sentido e contraditórias.
Aqueles que afirmam apoiar a cultura, a ordem, a civilização, agem como se fossem bárbaros.
Os que dizem ser contra a mentalidade revolucionária, colocam em prática os mesmos instrumentos revolucionários.
O jornalismo que critica o político atual faz, ao mesmo tempo, publicidade de outros tantos crápulas.
Quem deveria ser sensato, age como se fosse um lunático; quem diz amar a educação, valoriza somente a mais bruta ignorância; quem diz querer mudar alguma coisa, é o primeiro a jogar pedra em quem se esforça para realmente tentar mudar algo para melhor.
Como diz Voegelin, “reduzimo-nos a um estado de desespero quieto ou conformidade ativista à ‘era’, de vício em drogas ou de assistir à televisão, de estupor hedonístico ou possessão assassina da verdade, de sofrimento da absurdidade da existência ou entrega a qualquer divertissement (no sentido de Pascal) que prometa substituir como um ‘valor’ para a realidade perdida”.
Estamos doentes, e mantando os poucos médicos que poderiam nos curar da doença que nos consome.
Como disse Erich Fromm:
"O fato de milhões de criaturas compartilharem os mesmos vícios não os transformam em virtudes; o fato delas praticarem os mesmos erros não os transformam em verdades e o fato de milhões de criaturas compartilharem a mesma forma de patologia mental (moral, social e comportamental) não torna estas criaturas mentalmente sadias."