A subserviência do presidente do senado, Rodrigo Pacheco, aos interesses do governo petista, já não pode mais ser disfarçada.
Dessa vez o moleque de recados da Presidência da República teve o displante de dar um palpite infeliz em uma área em que ele nem sequer está preparado tecnicamente para fazê-lo.
Em um tom de cobrança desrespeitoso, ele exigiu que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reduza imediatamente a taxa de juros.
A declaração infeliz foi feita em Londres, durante um dos painéis do Lide Brazil Conference, e aconteceu justamente no momento em que Campos Neto afirmou que as medidas de combate à inflação, das quais o controle da taxa de juros faz parte, não estão sendo suficientes para conter o avanço inflacionário, o que demonstra a total desconexão do senador Pacheco com a realidade da economia brasileira.
O senador foi ainda mais longe em sua bajulação ao governo, alegando que a autonomia do Banco Central, concedida pelo Congresso Nacional, está sendo mal utilizada.
Esse é o mesmo senador que barra pedidos de impeachment contra ministros do STF que descumprem a Constituição, e que não permite a instalação de investigações importantes que podem revelar as podridões do governo que permanecem ocultas ao grande público.