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Companheiro errado - Destino amargo
Política Nacional
Publicado em 21/04/2023

Um general que estava a serviço do atual presidente da República há cerca de 20 anos; esta é a principal referência de Gonçalves Dias em relação ao episódio em que ele aparece nas filmagens do dia 8 de janeiro, interagindo cordialmente com manifestantes que estavam depredando o palácio do Planalto.

 

Junto ao general, nas mesmas filmagens, estão vários outros oficiais e até alguns soldados armados, todos sob o comando dele, que também parecem estar mais colaborando com os invasores do que tentando impedir a invasão. 

 

Por muito menos, o ex- secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres, permanece preso até hoje, acusado de omissão na repressão aos atos de vandalismo, por supostamente ter tomado conhecimento das invasões antecipadamente.

 

Além de não ter sido sequer ouvido no inquérito que apura as invasões, o general Gonçalves Dias permaneceu no cargo até o dia em que foi impossível mantê-lo, por conta da repercussão das imagens divulgadas.

 

Enquanto isso, o STF está tornando réus no processo das invasões, pessoas que nem sequer pisaram os pés na praça dos Três Poderes no dia em que as depredações ocorreram.

 

O pior de tudo isso, é que o governo agora quer transformar o general Gonçalves Dias em boi de piranha, colocando exclusivamente nele a responsabilidade pelo que aconteceu no Palácio do Planalto.

 

Mesmo com as imagens divulgadas pela CNN fazendo parte do inquérito desde o começo, STF, Ministério Público e a própria Presidẽncia da República, estão fingindo surpresa ou desconhecimento.

 

Até o ministro da justiça, que disse que assistiu tudo pela janela do prédio do Ministério, agora alega absoluta inocência.

 

Temos aí um caso típico do atual senso de justiça brasileiro: os culpados aplicam a lei e permanecem livres, os inocentes vão para a cadeia no lugar deles, a mídia finge que está tudo normal, e uma grande parte alienada da população acredita.



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