Já não faz mais o menor sentido diante das novas evidências lógicas, a continuação do julgamento pelo STF dos primeiros 100 investigados pelos atos de vandalismo do 8 de janeiro.
Em qualquer país em que a justiça tivesse um mínimo de seriedade, a votação no plenário que está recomendando a condenação dessas 100 pessoas pela participação no episódio, retornaria à estaca zero, depois da divulgação das imagens que revelam a participação direta de agentes do atual governo.
Mesmo assim, o julgamento continua no STF como se nada de anormal estivesse acontecendo.
Quatro dos onze ministros já deram seus votos contra os acusados, seguindo o relator Alexandre de Moraes, que nesse caso também é acusador e também mandou efetuar as prisões.
Votaram, até agora, para transformar os acusados em réus: Dias Toffoli (ex-advogado do PT), Edson Fachin (ex-advogado do MST), Gilmar Mendes e Carmem Lúcia.
E quanto aos agentes do governo que aparecem nas filmagens ajudando os vândalos?
Pois é! Continuam fora do inquérito, mesmo sendo peças fundamentais para o esclarecimento dos fatos.
Se o que está nas imagens for confirmado por uma investigação séria e isenta, as 100 pessoas que estão sendo julgadas, e todas as outras que foram presas naquele dia, deverão ter a suas supostas participações no episódio avaliadas por um ângulo totalmente diferente.
Se o justo é a punição dos verdadeiros responsáveis pelo vandalismo, são os próprios representantes do governo que devem se explicar primeiro.
Também é recomendável, que os agentes públicos que tinham conhecimento prévio das imagens vazadas, expliquem porque, mesmo assim, não tomaram providência alguma.