Por Rodrigo Oliveira
Pode soar como autoajuda, mas não existe nenhum dia de desespero ou tristeza que não passe com o trabalho contínuo e paciente.
Persistência, paciência e humildade formam uma tríade que supera grande parte dos males desta vida.
A persistência é a capacidade de não se abater com os obstáculos. Devemos ser como o Cipó, explica Lavelle, que é flexível mas resistente. A persistência carrega em si essa flexibilidade para passar pelos problemas, e a resistência necessária para superá-los.
A paciência é a capacidade de esperar sem se submeter ao ódio. Ser paciente não significa ser impassível. A paciência é caminhar com alegria, mesmo quando sofremos provações; é saber suportar os nossos problemas sem transmiti-lo ao próximo. Há sabedoria em carregar pedras sem pestanejar.
A humildade é a capacidade de estar sempre aberto à aprendizagem. É perceber que a sabedoria não é alcançada somente no prazer, mas também na dor. Ser humilde é ser compreensivo. Mas é um tipo de compreensão que nos leva a sermos melhores tendo como parâmetro não a si mesmo, mas Deus.
Marco Aurélio disse que, quando estiver indisposto pela manhã, para levantar e dizer a si mesmo: “Eu acordei para realizar o trabalho de um homem”. Hesíodo afirmou: “Trabalho não é vileza, vileza é não trabalhar”.
Exortações assim estão presentes em diversas grandes obras, e nos ensinam que em momentos de desespero o melhor é tentar não se abater tanto e sair dele o quanto antes.
A vida é uma eterna resolução de problemas, que deixam de ser solucionados quando ficamos estagnados, como se estivéssemos diante da Medusa.
O melhor a se fazer é, de fato, agir com persistência, paciência e humildade para saber tomar melhores decisões até nas piores situações.
* Rodrigo Oliveira
Prof.: PUC/MG
Autor: Ensaios sobre os deuses depressivos e Almas de Mármore
Curso Luz & Trevas