Por Henrique Bredda
Moderno vem do Latim "modernus" (atual, pertencente aos nossos dias), vem de "modo" (agora, de certa maneira).
O que é moderno necessariamente morre, é perecível, passa. Algo que é moderno, no minuto seguinte já se torna 'fora de moda', ultrapassado.
Quando se analisa duas ideias onde uma delas é mais moderna do que a outra, implica necessariamente que as duas ideias estão fadadas a morrerem. O que é moderno não pode ser eterno. Só o que é eterno é que permanece.
O mais evidente é com relação às ideias. Nada morre mais rápido (ou mata mais rápido) do que uma ideia moderninha.
Quando cobram certas instituições, como a Família, o Matrimônio ou a Igreja, por exemplo, para que se modernizem, o que está implícito aí é a vontade de torná-los perecíveis, mortais, temporais, de convertê-los em mais uma instituição que desaparece. Essas instituições não tem que se 'modernizar', pois já são eternas.
O curioso é que embora a Família, o Casamento e a Igreja não sejam 'modernos', eles nunca saem de moda. O mesmo ocorre com a Ilíada, Dom Quixote, Beethoven, etc.
Roma, parabéns pelos seus 2776 anos (21 de abril de 753 a.C). A cidade que começou pelo lendário Enéas de Tróia, passou por sua genesi simbólica com Rômulo e Remo, teve seus lendários imperadores Júlio César e Constantino, mas verdadeiramente se consolidou e cristalizou sua eterna vocação com São Pedro e São Paulo.
Nova York pode até ser moderna, mas Roma é eterna.
Civis Romanus sum.