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Anderson Torres - Preso sem motivo
Política Nacional
Publicado em 28/04/2023

Nesta segunda-feira (24), o ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, completou 100 dias preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em inquérito que apura suposta “omissão imprópria” de autoridades de Estado.

Torres foi preso preventivamente no dia 14 de janeiro por suposta omissão no desempenho de suas funções frente aos ataques aos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, bem como por possível inação quanto à desmobilização do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, situado em Brasília, onde estavam reunidos manifestantes que pediam a intervenção das Forças Armadas contra a eleição de Lula (PT).

Na época dos ataques, o ex-ministro ocupava o cargo de secretário de segurança pública do Distrito Federal e estava de férias, em viagem com a família nos Estados Unidos.

Além dele, outras autoridades foram alvo de medidas judiciais determinadas por Moraes: o então comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), Fabio Vieira, também foi preso por suposta omissão, mas foi solto no início de fevereiro sob o entendimento de que ele não foi diretamente responsável pela falha das ações de segurança que resultaram nos atos criminosos.

Já o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que também por suposta omissão foi afastado do cargo por 90 dias por ordem de Moraes, teve seu afastamento revogado no dia 15 de março.

Centenas de outros investigados pelos ataques também já foram soltos e respondem em liberdade. O mesmo não ocorreu com Anderson Torres.

Uma revelação feita pela jornalista internacional Elisa Robson no podcast Perfil Brasil, do Portal Aliança, lança outras dúvidas sobre os reais motivos da prisão de Anderson Torrres.

Elisa Robson, que entrevistou o traficante internacional e ex-general do governo chavista venezuelano, Hugo Carvajal, que está preso na Espanha, revelou que Anderson Torres era a única autoridade brasileira que estava investigando a denúncia de financiamento da campanha do PT pelos agentes do narcotráfico internacional.

Com informações da Gazeta do Povo

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