Quanto mais o MST avança nas invasões de terra pelo país afora e desrespeita inumeráveis artigos do Código Penal, mais prestígio alcança nas altas esferas do governo federal.
Depois da invasão da sede da Embrapa, por exemplo, o movimento conquistou vários cargos de alto escalão no INCRA, que é justamente o órgão responsável por organizar a reforma agrária.
O MST parece estar sendo usado pelo governo como massa de manobra para incomodar os representantes do agronegócio, que se declaram abertamente contrários aos métodos do atual governo.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fará parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, o chamado “Conselhão”, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em suas redes sociais, na tarde deste sábado (29). O conselho assessora o presidente da República na formulação de políticas públicas.
O convite, aceito pelas lideranças dos sem-terra, ocorre num momento em que o governo federal é alvo de críticas por sua proximidade com o MST.
As críticas partem especialmente de representantes do agronegócio, que condenam as recentes invasões de propriedades rurais promovidas pelo movimento por todo o país e que podem ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Ao mesmo tempo, o convite vem quando o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) retoma agendas públicas mostrando grande alinhamento com o agronegócio.
Convidado para participar da abertura da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, que acontece de 1.º a 5 de maio em Ribeirão Preto (SP), Bolsonaro confirmou presença.
Com informações da Gazeta do Povo