O presidente Lula pretende usar a reestruturação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) como um aceno para se aproximar dos militares.
O petista bateu o martelo pela indicação do general da reserva Marcos Antônio Amaro dos Santos para assumir a pasta. Ele ainda deve devolver ao GSI a responsabilidade sobre a segurança presidencial.
É estranho que mesmo com todas as evidências da ilegitimidade do governo estabelecido atualmente no país, oriúndo de um mar de corrupção e de medidas judiciais ilegais, uma instituição que já teve a maior dose de confiança da sociedade, como as Forças Armadas, negocie naturalmente com os representantes dessa farsa burlesca.
A indicação de um militar para o órgão é vista no meio político como uma derrota para uma ala do governo, que defendia a extinção da pasta ou a indicação de um civil para o comando do GSI.
Apesar disso, ministros que rodeiam Lula no Palácio do Planalto, como Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) convenceram o petista de que o general Amaro pode melhorar a relação do governo com o setor militar.
O general da reserva é tido como um nome de confiança pelo PT, tendo em vista que ele já fez parte da Casa Militar (como era chamado o GSI sob a ex-presidente Dilma Rousseff). Paralelamente, assessores do Planalto avaliam que a escolha de Amaro é um acerto, pois ele seria muito respeitado no Exército.
Com informações da Gazeta do Povo