Por Silvio Ribas/Gazeta do Povo
O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), negou o pedido da oposição no Senado para ter três (e não duas) vagas do bloco PL-Novo na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de vandalismo de 8 de janeiro.
Com isso, fica garantida a maioria absoluta de governistas entre os 32 membros titulares do colegiado, 16 senadores e 16 deputados.
Ao responder apenas nesta sexta-feira (5) à questão de ordem feita pelo senador Rogério Marinho (PL-N), líder da oposição, no mesmo dia de instalação da CPMI, em 26 de abril, Pacheco acabou validando a manobra regimental do governo para conseguir mais uma indicação no colegiado. Cobrado por responder à questão, Pacheco manifestou-se apenas por meio do Diário Oficial do Legislativo.
Na mesma resposta, também negou o pedido da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) em relação à proporcionalidade, para manter a vaga ao seu partido no sistema de rodízio.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já tinha excluído a possibilidade de o Novo alcançar o percentual mínimo para participar. Com isso, o espaço será destinado a um deputado do PT.
O senador Randolfe mudou a Rede de bloco para garantir mais uma vaga na CPMI. Na véspera da leitura do requerimento de instalação da CPMI, a Rede migrou de um dos dois blocos partidários governistas para outro, tirando a vaga de um senador oposicionista em favor do líder do partido, Randolfe Rodrigues (AP).