De acordo com as promessas feitas na campanha eleitoral era para ser um governo que cuida dos interesses do povo mais pobre em primeiro lugar.
Mas pelo visto, só quem teve benefícios reais até agora foi a cúplula do governo empossado, que viaja quase toda semana para fora do páis às custas dos trabalhadores, compra mobília de luxo para decorar o palácio, e ainda mprega as mulheres dos ministros nos tribunais de contas pelo país afora.
Nesse mesmo período, em que a máscara caiu e as verdadeiras intenções começam a ser reveladas, já houve cortes no Bolsa Família, levando famílias ao desespero, aumentos de diversos impostos, e o reajuste do salário mínimo não atingiu nem 20 reais.
A tal da picanha, que seria acessível para todo mundo, foi sutilmente substiutida pela sugestão de uma abóbora para a família inteira, feita pelo "presidente dos pobres" em uma visita a uma central de abastecimento no mês passado.
Mas a caixinha de surpresas desagradáveis para quem fez o "L", por convicção ou por ignorãncia, não acaba por aí. A nova grande ideia da turminha do "amor venceu" vai atiingir em cheio os milhões de brasileiros endividados, que vão perder uma alternativa importante para sanar as suas dívidas.
Sem apoio para garantir, no Congresso, o fim do saque-aniversário do FGTS, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, pretende propor ao Conselho Curador do Fundo que suspenda a antecipação do saque, uma medida que funciona como um empréstimo bancário.
O teto dos juros é de 2,05% ao mês. O cheque especial custava, em março, em média 7,15% ao mês e o rotativo do cartão de crédito, 14,92%, segundo o Banco Central. E o consignado para trabalhadores do setor privado, 2,8%.
A medida, se efetivada, retiraria do mercado uma das formas mais baratas de empréstimo, justamente no momento em que mais de 70 milhões de pessoas, ou 43,43% da população adulta brasileira tem restrições ao crédito, segundo a Serasa Experian.
Também coincide com o momento em que o governo faz pressão para o Banco Central reduzir a taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano. Ela suspenderia a realização de novas operações. Quem já as contratou não seria afetado. Apenas o saque-aniversário seria mantido.