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Tosco e autoritário - O ministro da injustiça
Política Nacional
Publicado em 10/05/2023

Oriundo do Maranhão, estado que ostenta alguns dos piores índices de desenvolvimento do país,  índicadores  esses  que  por sinal ele ajudou a detonar quando era governador, o comunista Fávio Dino está levando o clima  de tensão na  política nacional a um nível  que  não se observa desde 1964, quando os militares enfiaram a botina no sistema.

Hoje já percebemos que a maioria dos militares está mais preocupada com as suas pantufas do que com os seus coturnos. Mesmo assim, aos poucos, o coronel Dino começa a perceber que o Brasil não é um imenso Maranhão, onde a população, em sua maioria privada dos recursos básicos que garantem a cidadania plena, teve que optar entre o atraso da dinastia da família Sarney, e o desastre que ele ofereceu como alternativa.

A presença do ministro na Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado nesta terça-feira acabou em um bate-boca com a oposição marcado por falas de arrogância e intransigência.

Essa, alíás, tem sido a tônica de todas as visitas do ministro Dino às comissões do Congresso. Com uma postura sempre intransigente e debochada, o ministro destila seu autoritarismo com a desenvoltura de quem não está nem aí para a imensa parte da opinião pública que já não suporta mais os seus desmandos.

Já não são poucos os analistas políticos, de todos os espectros ideológicos, inclusive da esquerda, que admitem que se o ministro da justiça não baixar a bola a tempo, levará o país a uma convulsão social, criando um conflito de proporções imprevisíveis.

Entre as estratégias baixas utlizadas pelo maranhense sem noção, está o recurso de desviar a atenção para outra coisa qualquer, quando é questionado sobre temas complicados, ignorando totalmente o teor da pergunta e o interlocutor, como fez com o senador Marcos do Val, quando foi questionado sobre o atos do 8 de janeiro.

Outro método para tulmultuar e impedir o andamento normal dos trabalhos e o esclarecimento de fatos que seriam constrangedores para ele, é escalar parlamentares de esquerda, como André Janones, por exemplo, para criar confusão toda fez que os questionamentos caminham para deixá-lo em um beco sem saída; desviando desse modo a atenção do tema. 

A avaliação de senadores e analistas presentes é que a reunião foi uma prévia do clima agressivo que pode dominar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de vandalismo de 8 de janeiro.

Dino foi questionado pela oposição sobre a tentativa do governo de restringir a liberdade de expressão nas redes sociais e de cercear o direito da população possuir armamentos legalmente. Em ambos os temas se mostrou intransigente e debochado com os senadores opositores. Também deixou claro que o governo não está disposto a negociar nenhum tipo de concessão nesses temas.

O ministro afirmou, por exemplo, que medidas tomadas pelo governo para legislar sobre o controle de redes sociais seriam prerrogativas do Executivo. “Liberdade de expressão tem limites previstos na Constituição”, disse.

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