Por Rodrigo Oliveira*
A engenharia social é uma prática que envolve a manipulação das emoções, crenças e comportamentos das pessoas com o objetivo de influenciá-las ou controlá-las.
O engenheiro social faz uso de técnicas psicológicas e estratégias de comunicação para obter informações pessoais, explorar fraquezas emocionais e induzir as pessoas a tomar certas ações.
Edmund Burke, ao perceber os atos sanguinários da Revolução Francesa, teve um insight de que ali começava a engenharia social, responsável por manipular e moldar os seres humanos como se fossem uma massa.
Ortega y Gasset descreve o homem-massa como um tipo de indivíduo que se caracteriza por uma mentalidade e comportamento conformistas, uma falta de individualidade e uma preferência por tudo o que é comum, medíocre e uniforme.
Totalmente influenciável, flexível e com uma moral líquida, o homem-massa se adequa facilmente ao que é determinado externamente pelo poder dominante.
O que estamos vivenciando é o ápice das técnicas de manipulação e formatação humana que começaram na Revolução Francesa. Com um conhecimento histórico, filosófico e sociológico medíocre, o homem-massa está aberto a se moldar de acordo com que a militância ideológica afirma ser o correto, o verdadeiro, o bem, o melhor.
Ele se torna somente uma caixa de ressonância. É como disse Groucho Marx: “Estes são os meus princípios. Se você não gosta deles, eu tenho outros”.
*Professor de Filosofia
Autor: Ensaios sobre os deuses depressivos e Almas de Mármore