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Idolatria e vazio - O homem sem Deus
Comportamento
Publicado em 09/08/2023

Por Rodrigo Oliveira*

A morte de Deus não significa o esvaziamento da crença. O ser humano jamais deixa de acreditar em alguma coisa.

Allbert Camus afirma que Nietzsche não matou Deus, mas o encontrou morto. No entanto, isso não significa que uma sociedade totalmente secularizada estava em ascensão.

Existe uma religiosidade no espírito moderno, que não é cristã nem secularista, mas idólatra.

O homem contemporâneo é um fanático idólatra. Ele idolatra a saúde do corpo, os políticos, os artistas pop, os jogadores de futebol, o prazer, os bens materiais, a fama…

A internet, explicou Byung-Chul Han, é o templo em que o amei se transmuta em amém.

Como explica Eric Voegelin: “Vivemos num mundo de marcas de nomes, sabonetes, cigarros, homens de autoridade e distinção que bebem marcas escolhidas de uísque, de leituras obrigatórias, best-sellers, odores de corpos e perfumes irresistíveis para ocasiões especiais; de líderes estrelas de cinema, manda-chuvas, educadores e criminosos de guerra; de terceiros reinos, pazes perpétuas e rendições incondicionais.”

Somos, definitivamente, idólatras.

A profecia de Chesterton se concretizou, pois passamos a acreditar em qualquer coisa para preencher o vácuo deixado pela descrença em Deus.

*Escritor

Professor de Filosofia
Livro: Ensaios sobre os deuses depressivos 

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