Por Rodrigo Oliveira*
Escolas caindo aos pedaços. Espaço físico ridículo – não há quadras, não há piscinas, bibliotecas precárias e barulhentas, salas de aulas minúsculas com quarenta alunos.
Professores desgastados e que são obrigados a despejarem conteúdos para que o “resultado” seja somente quantitativo.
Bibliotecas públicas não existem; quadras poliesportivas muito menos; teatro, museu e aulas de música são considerados “frescuras”.
O que prevalece neste país é o estritamente necessário; às vezes, nem isso.
Cadê os vereadores, os deputados, os senadores para suprirem a necessidade cultural?
Cadê a verba pública para colocar uma biblioteca de qualidade em cada uma das regiões nas cidades e nos Estados?
Cadê as discussões políticas que visem a real formação dos estudantes?
É vergonhoso ter de morar num país em que a principal discussão sobre a educação seja o pronome neutro.
É simplesmente vergonhoso ver que as pautas educacionais são meramente pautas de partidos políticos e suas ideologias.
A verdadeira barbárie se manifesta em ignorar ou desprezar por completo aquilo que deveria ser o fundamento do país: a formação integral do ser humano.
Professor de Filosofia
Livro: Ensaios sobre os deuses depressivos