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Azul remaneja rotas - Prejuízos para a Bahia
Geral
Publicado em 18/08/2023

Três das principais cidades da Bahia - Vitória da Conquista, Ilhéus e Porto Seguro - foram surpreendidas com o anúncio de que não terão mais voos diretos para a capital operados pela empresa Azul. A decisão começa a valer a partir de 29 de outubro.

Só para se ter uma ideia do tamanho do transtorno e dos prejuízos que isso poderá ocasionar, quem embarcar em um avião da Azul de Vitória da Conquista para Salvador depois da mudança, uma viagem que normalmente dura 50 min em um vôo direto, levará pelo menos 6h para chegar à capital, através de uma conexão em Belo Horizonte. A capital mineira, diga-se de passagem, fica no sentido contrário ao destino.  

A Azul justificou as mudanças alegando que precisará fazer um remanejamento das rotas, para poder atender a algumas capitais nordestinas que não são servidas pela empresa. Pensando somente na parte financeira e empresarial, a companhia considera que as novas rotas serão mais lucrativas.

Segundo o agente de turismo José Maria Caires, que foi também o coordenador do movimento Conquista Pode Voar Mais Alto, responsável direto pela construção do novo aeroporto de Vitória da Conquista, os agentes de viagem já estão se movimentando para minimizar os prejuízos para a população:

- Nós estamos negociando o retorno da Passaredo, que deixou de operar em nossa cidade há algum tempo, porque não conseguiu fazer frente à concorrência da Azul - revelou José Maria. 

Caires disse ainda que a situação, embora aparentemente negativa, pode ser uma boa oportunidade para criar soluções há muito almejadas pelos usuários:

- A nossa meta é estabelecer pelo menos duas rotas diárias entre Vitória da Conquista e a capital, com um voo no início e outro no final do dia, permitindo que as pessoas que têm compromisso de trabalho possam ir e voltar no mesmo dia - explicou.

Os usuários esperam com expectativa o desfecho dessa situação, já que além do avião, a única maneira de fazer a viagem até a capital é através da BR 116, uma estrada perigosa, com altos índices de acidentes fatais, que já deveria ter sido duplicada desde 2014.

A Rio-Bahia, como é mais conhecida, é administrada pela concessionária VIABAHIA, que simplesmente se recusa a cumprir o contrato firmado com o Governo Federal que determina a duplicação. Esta aliás tem sido outra luta da população do interior baiano, em especial do sudoeste do estado.

 

 

 

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