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Transição de gênero na infância - Aberração naturalizada
Comportamento
Publicado em 23/08/2023

Numa sessão que durou mais de quatro horas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o médico psiquiatra Alexandre Saadeh, coordenador do Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual (Amtigos) do Hospital das Clínicas (HC), discorreu sobre os procedimentos do bloqueio hormonal e transição de gênero.

Foi mais uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Transição de Gênero em Crianças e Adolescentes da Alesp, realizada na quinta-feira (17).

O médico psiquiatra começou a fala dizendo que a transição de gênero não é uma doença e que o ambulatório começou o trabalho há 13 anos, não por vontade médica e sim por demanda das próprias famílias que buscam o HC para o procedimento.

O médico ressaltou que na época não havia nenhuma legislação sobre o assunto.

Saadeh explicou que, desde então, 1,2 mil famílias procuraram o ambulatório - 30% seguem com acompanhamento e, dessa porcentagem "apenas um número reduzido" está fazendo bloqueio hormonal, segundo o médico.

O psiquiatra enfatizou que o Hospital das Clinicas segue a resolução 2.265 do Conselho Federal de Medicinal (CFM), e que não faz cirurgias em crianças e adolescentes, apenas bloqueio hormonal.

O médico esclareceu que “o sexo é sempre biológico, mas a identidade de gênero é uma noção subjetiva de quem se é”.

Saadeh ainda disse que muitas famílias buscam o ambulatório apenas para aconselhamento e ressaltou que nem todos são tratados com bloqueio hormonal.

Fonte: Gazeta do Povo 

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