Em 2014, quando o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, foi privatizado, o movimento foi de 17 milhões de passageiros. No ano passado, caiu para 6 milhões.Para avaliar o tamanho da queda, basta uma comparação com Guarulhos, em São Paulo.
O aeroporto mais movimentado do país atendeu mais de 34 milhões de passageiros. Seguem-se Congonhas (18 milhões), Brasília (13 milhões) e Campinas (12 milhões).
A decadência do Galeão é acentuada pela posição ocupada pelo Santos Dumont. Com 10 milhões de passageiros, o acanhado aeroporto a poucas centenas de metros do centro do Rio é o quinto colocado no ranking dos mais movimentados, em que o terminal localizado na Ilha do Governador caiu da quarta para a décima posição. Está atrás dos aeroportos de Confins, Recife, Porto Alegre e Salvador.
Em consequência dessa baixa procura, a Changi, concessionária que administra o Galeão há nove anos, tenta devolver o terminal desde 2022, alegando que é um negócio sem viabilidade financeira.
Esse quadro falimentar foi agravado pela crise econômica que se acentuou a partir de 2013 e piorou com a pandemia de coronavírus registrada a partir de 2020.
Mas há um problema bem maior, mais antigo e de solução muito mais complicada: a insegurança.
Fonte: Revista Oeste