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Direito à vida - Italianos e ingleses em lados opostos
Comportamento
Publicado em 11/11/2023

Por Karina Michelin

A luta pela vida da pequena Indi Gregory, demonstra como a formação cultural de um povo pode fazer a diferença em assuntos da maior importância. como a decisão entre a vida e a morte. Nesse caso, ingleses e italianos têm opiniões opostas sobre a mesma questão.

Indi Gregory é um bebê inglês de 8 meses que sofre de uma doença mitocondrial grave e incurável.

Os seus pais gostariam de levá-la para Itália para continuarem a mantê-la viva com o apoio das máquinas, mas a justiça britânica impede-os de o fazer.

O caso de Indi reabre o debate sobre o direito à vida e o papel dos médicos e juízes nas decisões sobre o destino das crianças doentes.

Os médicos acreditam que sua condição é irreversível e seu sofrimento é insuportável. Por isso decidiram desligar os aparelhos que a mantém viva, com o consentimento do tribunal.

Os pais de Indi, Claire Staniforth e Dean Gregory, não se conformam com a perda da filha e se opõem à decisão dos médicos.

Recorreram ao Christian Legal Center, organização que defende os direitos dos cristãos, para tentar obter a transferência de Indi para Itália, onde o hospital Bambino Gesù de Roma se ofereceu para acolhê-la e ajudá-la.

Segunda-feira, 6 de novembro, o Conselho de Ministros italianos convocado com urgência concedeu a cidadania italiana a pequena Indi, que agora pode ser transferida para o hospital Bambino Gesù em Roma.

O Supremo Tribunal inglês, ao qual o casal recorreu, para obter autorização para transferir a criança para Roma, rejeitou o pedido, argumentando que a transferência para Itália não seria do interesse da criança e causaria-lhe ainda mais sofrimento.

O apelo dos pais de Indi foi rejeitado e os aparelhos da criança serão desligados.

Essa foi a decisão dos juízes ingleses. O prazo para retirada do suporte de vida é segunda-feira,13 de novembro.

A notícia foi dada por Jacopo Coghe, porta-voz da Pro Vita & Famiglia onlus, e da advogada Simone Pillon - que acompanham os desdobramentos do lado italiano da história em contato com os advogados ingleses e a família de Indi.

O governo italiano apelou à Grã-Bretanha para que transferisse Indi Gregory para Itália em nome da Convenção de Haia de 1996.

Segundo o que se sabe, ontem a Primeira-Ministra Giorgia Meloni escreveu uma carta ao Lorde Chanceler e Secretário de Estado da Justiça do Reino Unido “com o objetivo de sensibilizar as autoridades judiciais inglesas” para possibilitar Indi “o acesso ao protocolo de saúde de um hospital pediátrico italiano”.

O juiz inglês Peter Jackson definiu a intervenção italiana no caso de Indi Gregory ao abrigo da Convenção de Haia, "não no espírito da Convenção".

Os juízes também afirmaram que os tribunais ingleses estão em uma melhor posição para avaliar os “melhores interesses” da criança, portanto não era necessário um tribunal italiano.

Portanto, no "melhor interesse" de Indi, os aparelhos serão desligados na segunda-feira, contra a vontade dos pais: Os advogados que os auxiliam anunciaram que irão explorar outros caminhos, mas neste momento - o epílogo desta história muito triste parece já ter um fim.

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