O eleitorado cristão, especialmente o segmento evangélico, tem se destacado como um dos mais importantes e decisivos nas últimas eleições no Brasil.
Com mais de 89% da população se declarando cristã e um crescimento contínuo do segmento evangélico, que se estima que representará a maioria da população até 2030, a classe política busca consolidar sua base nesses redutos.
Nomes influentes, como Marco Feliciano, Ana Campagnolo, Sóstenes Calvalcante e Nikolas Ferreira, todos associados a bandeiras cristãs, surgiram como representantes políticos de destaque nas últimas décadas.
O interesse dessas figuras na comunidade evangélica é evidente, dada sua crescente importância nas esferas eleitorais.
No entanto, uma movimentação sorrateira vem sendo observada nos bastidores políticos, especialmente entre a extrema-esquerda brasileira liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tido como ‘guri’ para a ala vermelha.
Em busca de conquistar votos nos redutos evangélicos, a chamada agenda progressista, associada ao comunismo, tem sido estrategicamente introduzida nesse eleitorado.
A pré-campanha de Guilherme Boulos (PSOL) para a Prefeitura de São Paulo está atenta a essa dinâmica. Josué Rocha, coordenador da pré-campanha, revelou ao jornal O Globo que há um plano em andamento para estabelecer uma conexão entre o público evangélico e o candidato de esquerda.
O primeiro passo desse plano é desassociar a imagem de “radical” de Boulos, que tem passado por um reposicionamento visando as eleições municipais de 2024.
Rocha enfatiza que o PSOL buscará evitar os erros cometidos por Marcelo Freixo, que, ao disputar o Governo do Rio de Janeiro, mudou de partido e tentou adotar uma imagem mais conservadora, incluindo visitas a igrejas, sem sucesso junto ao eleitorado evangélico.
Boulos adotará uma abordagem diferente, promovendo diálogo com líderes religiosos e destacando seus ‘valores cristãos’, disse ele, citando gestos como a solidariedade, além de recordar sua trajetória em movimentos sociais.
Líder do MTST, Boulos buscará evitar posições excessivamente progressistas, especialmente entre os pentecostais, visando conquistar a confiança do eleitorado evangélico.
Fonte: Conexão Política