As decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), estão chamando atenção do mundo.
Nesta segunda-feira, 5, o jornal britânico Financial Times (FT) publicou um texto sobre a nova decisão de Toffoli em relação à organização não governamental (ONG) Transparência Internacional.
Toffoli mandou investigar a Transparência Internacional com a justificativa de saber se a ONG recebeu, indevidamente, parte dos recursos obtidos com multas de acordos firmados na Lava Jato.
O jornal britânico lembra que Toffoli pediu a investigação dias depois de a Transparência Internacional criticar “os hesitantes esforços anticorrupção do país” e o ressurgimento “do sentimento de impunidade”.
Financial Times lembra que Toffoli era advogado do PT.
“A medida é a mais recente do ministro Dias Toffoli, que nos últimos meses tem procurado desfazer o legado da Lava Jato, investigação anticorrupção no Brasil, uma operação de sete anos que expôs uma cultura de propina”, narrou o Financial Times.
A Transparência Internacional disse que as decisões de Toffoli transformaram o Brasil em um “cemitério de provas de crimes que geraram miséria, violência e sofrimento humano em mais de uma dezena de países na América Latina e África” por causa da exportação de corrupção da Odebrecht.
O FT também destacou que Toffoli é um antigo advogado do Partido dos Trabalhadores (PT), que retomou o poder no governo federal. E que o ministro suspendeu uma multa multimilionária imposta ao grupo Novonor, antiga Odebrecht, pelo seu papel no escândalo de corrupção.
O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) é o autor da notícia-crime que motivou a abertura de uma investigação contra a Transparência Internacional, nesta segunda-feira, 5.
A peça de Falcão tem as rubricas dos advogados Marco Aurélio de Carvalho e Fernando Hideo Lacerda, ambos do grupo Prerrogativas.
Conforme os signatários do documento, a cooperação firmada entre o Ministério Público Federal (MPF) e a ONG, em 2014, precisa ser apurada.
Fonte: Revista Oeste