Por Mises Brasil
O marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é determinada pela classe a que pertence. Toda classe social tem sua lógica própria.
Logo, o produto do pensamento de um determinado indivíduo não pode ser nada além de um "disfarce ideológico" dos interesses egoístas da classe à qual ele pertence.
A tarefa de uma "sociologia do conhecimento", segundo os marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor o seu vazio "ideológico".
A economia seria um expediente "burguês" e os economistas são sicofantas do capital.
Somente a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as mentiras "ideológicas" pela verdade.
Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras formas.
O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da evolução histórica.
O polilogismo racial atribui a cada raça uma lógica própria.
O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da população humana, e estas formas estão subdivididas em algumas características grupais.
Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo. Mas os nazistas não inventaram o polilogismo. Eles apenas criaram seu próprio estilo de polilogismo.
Nem o polilogismo marxista e nem o nazista conseguiram ir além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as várias classes ou raças.
Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica do proletariado difere da lógica da burguesia, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses.
O polilogismo não é uma filosofia ou uma teoria epistemológica. É apenas uma postura de fanáticos de mentalidade estreita que não conseguem conceber que haja pessoas mais sensatas ou mais inteligentes que eles próprios.
Tampouco é o polilogismo algo científico. Trata-se da substituição da razão e da ciência pela superstição. É a mentalidade característica de uma era caótica.