Por Mises Brasil
O economista Milton Friedman promoveu vouchers educacionais para reduzir a burocracia de um sistema educacional controlado pelo estado.
De acordo com essa política, o financiamento público para a educação ainda existiria, mas em vez dos recursos pagarem toda a estrutura/burocracia escolar, o dinheiro seria depositado para cada aluno que pudesse utilizá-lo em escolas particulares.
Apesar de ser uma medida muito popular entre conservadores e libertários, o uso de vouchers também tem problemas, o que Rothbard apontou.
Em primeiro lugar, a violação dos direitos de propriedade continuaria a estar presente num sistema de vouchers, uma vez que o financiamento governamental (através de impostos coercitivos) não seria abolido.
Além disso, mesmo com os pais podendo decidir onde seus filhos vão à escola, os agentes do governo teriam que determinar quais escolas seriam consideradas para o programa e quais não. Essas decisões podem trazer incentivos para o aumento da fiscalização e regulação governamental das instituições privadas de ensino.
A outra proposição, por outro lado, oferece alternativas que visam à abolição completa de qualquer interferência na educação.
A abolição deve ocorrer em todos os níveis, desde o jardim de infância, passando pelo ensino médio, até as universidades, para que a formação intelectual dos indivíduos não esteja sujeita aos interesses ideológicos da classe dominante.
Para tanto, é necessário exigir uma grande redução das regulamentações impostas às instituições privadas de ensino, uma privatização completa das instituições públicas e o fim de quaisquer subsídios existentes para o sistema educacional, como defendido por Rothbard.