Nesta sexta-feira (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a soltura do tenente-coronel Mauro Cid, que foi preso pela segunda vez em março deste ano após o vazamento de áudios em que o militar faz críticas à atuação da Polícia Federal (PF) e a Moraes.
A ordem de soltura foi confirmada pelo advogado Cezar Bittencourt, responsável pela defesa do militar.
Nos áudios, Cid relata pressão da PF por delação, critica o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e diz que a PF tem uma “narrativa pronta” nas investigações contra Bolsonaro.
O militar estava em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico desde setembro do ano passado após ter aceitado o acordo, que foi homologado por Moraes.
“Eles queriam só que eu confirmasse a narrativa dele. É isso que eles queriam, e toda vez eles falavam ‘olha, a sua colaboração tá muito boa’. Ele até falou, ‘vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove tentativas de falsificação de vacina, vai ser indiciado por associação criminosa’, e mais um termo lá. Ele disse assim: ‘só essa brincadeira vai ser trinta anos pra você”, relatou o tenente-coronel em um dos áudios.
Na ordem de prisão preventiva, Moraes alegou descumprimento de medidas cautelares obstrução de Justiça.
Cid foi preso a primeira vez em maio do ano passado durante a Operação Venire, que apurou supostas fraudes em cartões de vacina.
Fonte: Gazeta do Povo