Por Thiago Cortês
Médicos, pesquisadores e acadêmicos estão cada vez mais desconfiados diante do "surto" de diagnósticos de TDAH no Brasil.
Alguns questionam os critérios vagos, subjetivos e imprecisos utilizados para diagnosticar o Transtorno.
Os questionamentos que os céticos do diagnóstico de TDAH levantam são importantes e razoáveis.
Seria realmente possível diagnosticar o TDAH apenas por meio de um questionário?
Será que os profissionais têm sido muito apresados no fechamento do diagnóstico de TDAH?
Há ainda quem lembre o fato inconveniente de que a própria existência do TDAH não é um consenso firmado no meio científico.
É impossível não deduzir que, como disse uma médica especialista, o que existe é uma epidemia de diagnósticos de transtornos mentais, mas não necessariamente de transtornos mentais.
Não há comprovação científica de que vivemos uma epidemia real de um transtorno que parece existir - principalmente ou apenas - em questionários.
O que todos concordam é na preocupação com o faro de que a crescente impressionante de diagnósticos de TDAH vem acompanhando de uma enxurrada de prescrições de Ritalina, uma droga controversa, para dizer o mínimo.
Infelizmente, essa droga - cujo mecanismo de ação é o mesmo das anfetaminas- está sendo empurrada para crianças e adolescentes tidas como "agitadas" e/ou "fora do padrão.
Até mesmo nas escolas virou uma moda trágica sugerir aos pais que encaminhem o filho rebelde para a palmatória química da Ritalina.