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Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Comportamento
Publicado em 29/06/2024

 

por Edvaldo Paulo de Araújo

Numa manhã escutava o saudoso Rei do Baião, Luiz Gonzaga, sua canção “respeita Januário”, onde ele conta um pouco da sua historia, ou seja da sua partida de casa e a volta a pós 16 anos de ausência.

A sua narrativa torna muito emocionante, quando após essa ausência tão prolongada, chega numa madrugada em sua casa no sertão do Exu em Pernambuco, fala das estrelas, de como ele observou tudo ao redor, de como nada mudará e ai quando resolve chamar por seu pai.

Mim levou de volta a minha casa em Veredinha, quando Seu Luís grita “OH! De casa!”, torna a gritar “oh de casa”, seu grito cheio de emoção vara a madrugada, ai ele diz, esqueci de falar o pré-fixo  que era um costume no nosso sertão....”oh de casa, louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo”, foi ai quando o seu pai respondeu...Sim, era um costume na minha casinha em veredinha, lá do portãozinho, as pessoas nos chamavam, mas não era atendido, enquanto não soubéssemos que ali estava um Cristão, que acredita na maior luz do universo, enquanto não gritasse o prefixo com diz Seu Luís...”Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”, imediatamente gritávamos, “para sempre seja louvado”.

Nesse momento estabelecia a confiança, sabíamos que ali estava um irmão do bem, podíamos confiar mesmo sendo desconhecido, ao afirmar que Jesus deveria ser louvado, quando respondíamos que para sempre fosse louvado, como diálogo primeiro, ai então abriríamos a porta de nossa casa, na compaixão e na irmandade, disponibilizamos a nossa cortesia e o que tínhamos a oferecer na nossa casa.

Nessa canção, Seu Luís, mim emociona em varias partes, principalmente quando ele solicita do Seu Januário, após o primeiro diálogo do nome de Jesus, onde ele responde que é um amigo do seu filho que vinha do Rio de Janeiro para falar com ele e entregar uma encomenda.

Seu Luís diz que quando ele viesse trouxesse um copo de agua, pois estava morrendo de sede. Ele estava tão ansioso, olha pela rachadura da janela, escutou o tibum do copo dentro do pote e viu ele vir em sua direção, pela rachadura da janela. Que ao abrir, sentiu o cheirinho do seu pai, mesmo apesar de tanto tempo. Seu Januário pergunta, quem é o senhor, ele responde com o coração cheio de emoção e amor, “Seu filho Luís Gonzaga meu pai” e Seu Januário, diz “isso é hora de ficar no tempo seu corno”.

A minha emoção nessa canção é a lembrança do meu pai Francisco Paulo, quando seu Luís diz ‘O CHEIRINHO DELE”, apesar de quase trinta anos que ele se foi, ainda sinto esse cheirinho dele. Esse cheirinho que vem com a saudade, as lembranças, as dificuldades de ficar longe dele, quando vim estudar em Vitória da Conquista, com o cheirinho dele vem na mente a sua presença de sacrifício pelos filhos e seu amor.

Nunca esqueço da sua frase inesquecível, “não quero que filho meu assine nada sem saber ler”. Isso era porque ele tinha uma linda assinatura, mas não sabia ler, ou seja, analfabeto e graças a minha mãe que o ensinara a desenhar seu nome, para assinar os relatórios do seu trabalho, que ocupava cargo de chefia.

Louvado Seja nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado. Todos os dias da minha vida, digo essa frase em silencio. Digo para agradecer ao seu amor, tudo o que tenho, tudo o que sou e pedindo a ele proteção, luz, bençãos e seu eterno amor. Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!!!!

No passado, quando pronunciávamos essa frase sublime, as portas se abriam, a irmandade chegava, a bondade aflorava, a confiança ratificava. Hoje já não digo ela em voz alta, mas digo no fundo do meu coração, quando tento abrir portas, quando percorro novos caminhos, quando faço os meus costumeiros caminhos, quando estou procurando sua luz nas dificuldades, digo sempre, Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!!. E a vida responde em silencio, “Para sempre seja louvado”.

Nessa segunda semana de junho, estive em São Paulo, fiquei hospedado com os amados amigos Ivan  e Viviane Prado em Santo André, Nas idas e vindas a São Paulo Capital, fiquei impressionado com os deslocamentos das pessoas em suas motos, frágeis motos e num desses momentos no transito quase parado, observei essas imprudências e resolvi pesquisar, constatei que nos primeiros quatros meses do ano morreram em acidentes mais de 120 pessoas pilotando motocicletas.

Fiquei alarmado e triste e me remeti ao filosofo francês Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de junho de 1712 a 2 de Julho de 1778), importante filosofo, teórico político, escritor e compositor Genebrino. Viveu no século XVIII, chamado “o século das luzes’, ou seja, cujo contexto histórico da época é o iluminismo (Era da razão).

As descobertas arqueológicas em nosso tempo, se voltam a Jean-Jacques Rousseau. Autores autoproclamados, “realistas” costumam descartá-lo como romântico e ingênuo. No entanto, do que conheço e estudo, vejo nele o verdadeiro realista.

O filosofo francês rejeitava a noção de avanço da civilização. Rejeitava até hoje a ideia – ensinada até hoje nas escolas – de que começamos como homens das cavernas que grunhiam e batiam a cabeça unos nos outros. Que foram a agricultura e a propriedade privada que nos propiciaram paz, segurança e prosperidade. E que as dádivas foram avidamente aceitas por nossos ancestrais, que estavam cansados de sentir fome e de lutar o tempo todo.

Rousseau acreditava que nada poderia estar mais longe da verdade. Acreditava que só quando nos assentamos num lugar fixo as coisas começaram a desmoronar, o que a arqueologia agora nos mostra. Rousseau via a invenção da agricultura como um grande fiasco, e sobre isso também há evidencias cientificas em abundância. Veja o exemplo das grandes cidades, veja o que estamos nos tornando, veja o mundo o que está se tornando, veja o futuro de nossa civilização e o mau uso do planeta, com tempo e hora quase que definidas.

Rousseau disse “Que o homem nasce livre e onde quer que esteja está acorrentado”. Disse ainda que durante eras, a civilização foi um desastre, O advento de cidades e Estados, da agricultura e da escrita, não resultou em prosperidade para a maioria, mas em sofrimento. Somente nos últimos dois séculos as coisas melhoraram a ponto de nos fazer esquecer o tanto que a vida era péssima. Melhorou?

Prefiro o tempo em que que abríamos nossa casa a todos, prefiro o tempo das portas abertas, prefiro o tempo em que para adentrar a casa de alguém tínhamos que louvar Jesus.

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!!!

Para sempre seja Louvado.

SEMPRE O LOUVAREI!!!

 

 

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