Completando um ano e meio desde que assumiu o Executivo brasileiro para seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem acumulado mais derrotas do que vitórias em suas políticas externa e interna, especialmente na articulação com o Congresso.
Sem maioria na Câmara dos Deputados, a gestão petista precisou buscar coalizões com outros partidos, sobretudo com o Centrão, para conseguir aprovar pautas de seu interesse.
Para conseguir fazer os seus projetos emplacarem, o executivo está tendo que abrir as torneiras das mendas parlamentares, principalmente para convencer os representantes do chamado Centrão, que agem mais pelos interesses próprios do que pelo interesse público.
A estratégia, contudo, não rendeu o esperado, com o governo tendo que enfrentar rejeição de medidas provisórias e derrubadas de vetos em várias matérias.
A torneira de recursos disponíveis é limitada, o que leva o governo a se desesperar no caminho impopular do aumento de impostos, para aumentar a arrecadação e com isso reforçar o caixa para poder continuar compraando votos
"Houve vitórias muito importantes e a reforma tributária foi uma delas, mas parece que o governo não se ajeitou ainda, não conseguiu se unificar, nem no discurso, nem na forma de agir", diz a cientista política Deysi Cioccari.
Ela avalia que as derrotas de Lula estão pesando mais que as vitórias, deixando um resultado negativo para o governo.
Fonte: Gazeta do Povo