"Evangélicas em defesa da vida de meninas e mulheres” é o que dizia uma faixa erguida pela Frente Evangélica pela Legalização do Aborto (FEPLA) durante o ato “Criança não é mãe” em Copacabana (RJ), no último dia 23.
A manifestação foi organizada por grupos feministas contra o projeto de lei 1904/2024, que pretende equiparar a interrupção da gestação após a 22ª semana ao crime de homicídio. A definição do prazo se dá a partir do momento em que o bebê já possui viabilidade para sobreviver fora do útero materno.
Além da Fepla, grupos como Evangélicxs pela Diversidade, Movimento Negro Evangélico, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito e Evangélicos pelo Clima emergem no debate público para defender os direitos LGBTs, combater o racismo e promover a sustentabilidade.
Na Câmara, o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), também reconhecido por sua atuação como ator em filmes como Marighella, evidencia a crescente força dessa nova vertente do protestantismo.
Evangélicas pela Legalização unem-se às campanhas contra o PL Antiaborto
A Fepla tem pouco mais de 7 mil seguidores no Instagram e já conquistou considerável visibilidade na mídia. Uma das idealizadoras da Frente participou do programa “Amor e Sexo” da TV Globo.
Quase sempre acompanhadas de representantes da ONG Católicas pelo Direito de Decidir, que compartilham a mesma pauta, elas têm se empenhado em mostrar que grupos que se dizem cristãos também apoiam pautas como a legalização do aborto.
Em relação ao PL Antiaborto, a Fepla se envolveu em diversas ações, como incentivar um "twittaço" para promover a hashtag #CriançaNãoéMãe e participar do ato em Copacabana.
O projeto de lei 1904/2024 foi apresentado e apoiado pelos parlamentares da bancada evangélica da Câmara dos Deputados em resposta ao Supremo Tribunal Federal.
A Corte suspendeu liminarmente uma resolução do Conselho Federal de Medicina que proibia o uso da assistolia fetal em bebês depois da 22ª semana, por ser considerado extremamente doloroso e desnecessário.
Fonte: Gazeta do Povo