Por Mises Brasil
As guerras culturais não são guerras para resistir à marcha do tempo, nem mesmo são guerras defensivas para evitar que a cultura ocidental seja destruída; elas são uma tentativa dos conservadores de lutar contra a nova cultura.
A referência de Rothbard para retomar a cultura significa uma rebelião contra aqueles que já conseguiram destruir a velha cultura e que agora esperam que todos se encaixem na nova cultura que eles introduziram.
Rothbard explica:
"Depois de ter percorrido e capturado nossa cultura, (...) depois de completar sua bem-sucedida 'longa marcha gramsciana através de nossas instituições', os esquerdistas estavam quase prontos para se sentar e nos tratar como sua província conquistada. Quando, de repente, alguns de nós, provinciais sitiados, começamos a revidar".
Acabar com a guerra cultural não significaria retornar a um terreno comum baseado em valores constitucionais, como muitos que apóiam "ambos os lados" supõem. Significaria aceitar o status quo atual imposto por aqueles que odeiam tudo sobre a cultura ocidental.
Quando a esquerda agora se refere a "nossos valores compartilhados", ela não tem a Constituição ou as liberdades civis em mente.
Nossos chamados valores compartilhados são agora os valores de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Aqueles que não cumprem essa admirável nova cultura DEI são considerados os bárbaros.
Rothbard também destaca o papel que foi desempenhado pelo estado na derrota da velha cultura e na imposição dessa admirável nova cultura.
As guerras culturais nunca foram simplesmente uma disputa entre velhas e novas culturas, mas sim a destruição da velha cultura pelos estatistas.
Essa aquisição não foi sobre evolução e mudança cultural orgânica, como os "descolonizadores" tentam nos persuadir, nem foi sobre "incluir" pessoas marginalizadas como insistem os comissários do DEI, mas sim sobre exercer o poder do Estado para capturar e destruir a cultura ocidental.
Portanto, Rothbard está certo em nos exortar a não nos contentarmos com esse novo status quo, mas a nos rebelarmos contra a admirável nova cultura: "Sim, sim, seus esquerdistas hipócritas podres, é uma guerra cultural! E já é hora também!