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Há algo de podre em Paris - A água do rio Sena
Geral
Publicado em 05/08/2024

Além da triatleta belga Claire Michel, internada há quatro dias devido a uma infecção com a bactéria Escherichia coli (E.coli), o triatleta suíço Adrien Briffod necessitou desfalcar a equipe de seu país no triatlo misto por causa de uma infecção gastrointestinal desenvolvida logo depois de nadar no rio Sena, em Paris.

A equipe olímpica da Suíça emitiu um comunicado informando que Briffod seria substituído na competição mista, que acontece nesta segunda-feira (5), por Simon Westermann após o atleta “sair devido a uma infecção gastrointestinal”.

De acordo com a nota, o diretor médico da equipe olímpica da Suíça, Hanspeter Betschart, informou ser impossível dizer se a infecção por Briffod está ligada à qualidade da água do Sena, que tem sido questionada nos últimos dias devido ao adiamento de provas em meio a avaliações que a consideram imprópria.

“Uma pesquisa com meus colegas em outros países até agora não revelou acúmulo de doenças gastrointestinais entre atletas que iniciaram a corrida individual na última quarta-feira”, pontuou Betschart na nota.

Neste domingo, Westermann, que entraria no lugar de Briffod, também foi substituído após apresentar o mesmo problema de saúde do colega. Em nova nota, a equipe do país europeu disse que ele será trocado por Sylvain Fridelance, novamente “devido a uma infecção gastrointestinal”.

“Duas desistências em apenas alguns dias é muito incomum e lamentável para os atletas que estavam tão ansiosos para participar desse evento olímpico. Mas, no esporte de alto nível, é preciso aceitar a situação rapidamente, reagir e encontrar a melhor solução possível. Estamos convencidos de que nossa equipe fará uma boa apresentação também nessa composição”, notificou Tamara Mathis, líder da equipe de triatlo da Suíça.

A realização do triatlo e da maratona de natação no Sena eram duas grandes expectativas que os Jogos Olímpicos de Paris queriam deixar para a História, com o objetivo de permitir novamente o banho no rio, após um século de proibição.

Já o nadador italiano Thomas Ceccon virou assunto nas redes sociais neste domingo, 4, por uma situação nada comum. O campeão olímpico dos 100m costas decidiu trocar o quarto reservado na Vila Olímpica pelo gramado, onde passou a noite. A justificativa? Escapar do calor intenso. Paris, nos últimos dias, tem enfrentado uma onda de calor com sensação térmica chegando aos 40ºC.

Sem climatizadores nos quartos, a situação se tornou desconfortável para muitos atletas, que não hesitaram em criticar a falta de infraestrutura. O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris justificou a ausência dos equipamentos alegando preocupações ambientais, bandeira central nesta edição dos Jogos.

Alguns comitês olímpicos, em contrapartida, como o do Brasil, optaram por instalar aparelhos de ar-condicionado nos quartos, arcando com os custos, que chegaram a cerca de R$ 290 mil, para garantir o conforto de seus atletas.

Aos 23 anos, Thomas Ceccon conquistou o ouro nos 100m costas e a medalha de bronze no revezamento 4x100m livre nesta edição dos Jogos. Na Olimpíada de Tóquio, em 2021, o nadador já havia alcançado a prata nos 100m costas e o bronze no revezamento 4x100m medley.

Fonte: Conexão Política

 

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