Por Rodrigo Oliveira
O cristão, ao se deparar com o arrependimento por um ato preconceituoso, reconhece o vício e a desumanidade da ação, mas se esforça para perdoar a pessoa.
Como dizia Hannah Arendt, ao passado cabe somente o perdão.
Por outro lado, o justiceiro social, que luta a favor do “bem”, da “verdade” e da “humanidade”, jamais perdoa a pessoa ou aceita o seu arrependimento.
O mais irônico é que essa regra só é aplicada em algumas ocasiões; em tantas outras, ela é ignorada, pois o que importa mesmo não é o que é dito, mas quem está dizendo.
Em síntese, o cristão ama o ser humano e abomina o vício; o justiceiro social ama as ideias ou as categorias que compõem seu universo pragmático e abomina eternamente o ser humano que errou.
O primeiro busca ser humano e justo, o segundo é um tirano em pequena escala.