Recentemente o caso da compra dos respiradores em uma loja de derivados de maconha durante a pandemia, em uma operação capitaneada pelo então governador da Bahia, Rui Costa, voltou às manchetes dos jornais.
Na época foram pagos cerca de 50 milhões de rais com dinheiro público, e os tais respiradores nunca chegaram a ser entregues. Mesmo com o reforço das denúncias pela imprensa, o hoje ministro da Casa Civil, segue firme e inatingível no cargo.
No recente leilão irregular de compra de arroz pelo governo federal, em que todas as empresas envolvidas se mostraram incapazes de entregar o produto, o que acabou gerando o cancelamento da operação, o atual ministro foi apontado por um funcionário demitido do Ministério da Agricultura, como um dos que ordenaram o negócio.
Além da inconsistência das empresas que se candidataram para a venda, ficou claro que não havia necessidade da compra de arroz, e que o governo pretendia colocar rótulos nas embalagens para fazer propaganda.
Agora Rui Costa está envolvido em outra situação estranha. Ele teria comprado uma fazenda localizada na divisa dos municípios de Ipiaú e Itagibá, no interior da Bahia, entre 2022 e 2023, porém, ainda a manteria em nome da proprietária anterior, a prefeita de Ipiaú (BA) e aliada política, Maria Mendonça (PP).
Localizada às margens da rodovia estadual BA-650, a fazenda será beneficiada pelas obras de pavimentação da rodovia que estão sendo executadas pelo governador do estado e também aliado do ministro, Jerônimo Rodrigues (PT).
A obra foi anunciada pelo governador da Bahia em junho do ano passado em uma cerimônia com a presença de Rui Costa.
Apesar de pertencer ao ministro, a fazenda ainda estaria em nome de uma empresa pertencente à prefeita Maria Mendonça (PP), o que estaria permitindo a postergação do pagamento de taxas e impostos referentes à compra e regularização da propriedade.