Por Victor Sales
A Beleza e a contemplação estão intimamente associadas.
A Beleza que percebemos na criação divina e nas obras de arte humanas são recebidas pelos nossos sentidos, chegam à inteligência e, por fim, transcendem-na enquanto convite ao mistério.
Tanto a beleza artística humana como a beleza da ordem das coisas nos remetem, contemplativamente, à origem de todo o ser: Deus, Ele próprio Belo e fonte de toda a Beleza.
Exaltar o grotesco e o feio, experimentando até atração por essas manifestações destrutivas, é flertar com a desordem e olhar para a própria destruição.
Atrair-se pelo grotesco é como caminhar à beira dum precipício, pensando em que momento por fim se vai cair.
O ataque deliberado à beleza é um ataque ao que ela manifesta: uma dimensão do sagrado, isto é, do próprio Deus.
A beleza importa porque nos conduz à mudança de vida, à contemplação da Verdade que move ao sacrifício, ao amor que tem fome e sede de eternidade.